Stieg Larsson era um jornalista sueco, que trabalhou na agência de notícias TT, e fundou a revista Expo, que tinha como objetivo patrulhar e denunciar organizações neofacistas e racistas. É o co-autor de Extremhögern, livro sobre a extrema direita em seu país. Larsson lutou pelos direitos humanos, por causa disso recebeu várias ameaças de morte.
Stieg Larsson
Aos 47 anos, em suas horas vagas começou a escrever seu primeiro romance policial de uma série que batizou de Millennium, onde o protagonista é um jornalista, assim como ele, chamado Mikael Blomkvist, que fundou e edita uma revista de economia chamada Millennium, com o objetivo de fiscalizar e denunciar as sujeiras do mundo corporativo. A série teria dez livros, ou seja, seria uma decalogia. Ao terminar de escrever os três primeiros livros encontrou um editor que ficou muito entusiasmado com a trama. Em 2004 Larsson já estava escrevendo o quarto volume, porém, em Novembro, aos 50 anos, pouco antes de entregar a trilogia para os editores, morreu de um ataque cardíaco. O elevador do edifício em que trabalhava estava com defeito, com isso teve de usar as escadas. O seu coração, prejudicado pelo excesso de nicotina e um colesterol altíssimo, não resistiu ao esforço de subir as escadas até ao sétimo andar. Sendo assim, a decalogia ficou reduzida a três livros: Os Homens que não Amavam as Mulheres, A Menina que Brincava com Fogo e A Rainha do Castelo de Ar.
O que levou Larsson a escrever esses romances foi quando tinha quinze, testemunhou um estupro coletivo de um menina; e também o assassinato de duas mulheres, levando-o a uma aversão ao longo de sua vida a violência e abuso contra as mulheres. Em seus livros, Larsson pode denunciar tudo aquilo que considerava ruim na sociedade sueca, principalmente a violência que mulher sofre, que é tema central da trilogia.
Deixando de lado a vida do autor, meu primeiro contato com a obra foi por indicação de um amigo meu, apesar de já ter ouvido falar anteriormente. No final de 2011 finalmete tive a oportunidade de ler a trilogia. Comprei os três livros e os li em três semanas. Realmente os livros são viciantes, é impossivel parar de ler. No primeiro livro, Os Homens que não Amavam as Mulheres, o Jornalista Mikel Blomkvist da Revista Millennium, é julgado por difamar o industrial Hans-Erik Wennerström. Devido ao grande caos causado por esse julgamento, Blomkvist se afasta da revista, porém, é chamado por um antigo industrial chamado Henrik Vanger para investigar o desaparecimento de sua sobrinha-neta. Blomkvist com a ajuda de Lisbeth Salander, uma hacker problemática, mas uma investigadora brilhante, começam a investigar o dasaparecimento da garota.
Não vou falar dos outros dois para não estragar a supresa de quem não leu, afinal é apenas uma dica de leitura, mas a trilogia é muito boa, possui um tom que lembra um pouco o cinema Noir, a ação é ininterrupta, os personagem são cativantes e o enredo é cheio de reviravolatas e inteligente.
Em 2011 e MGM e a Sony lançaram uma versão america do primeiro romance dirigida por David Fincher, com os atores Daniel Graig (Cassino Royale) como Mikael Blomkvist e Rooney Mara (A Rede Social) como Lisbeth Salander.
O primeiro filme da versão sueco já está disponível em DVD no Brasil, com o mesmo título do primeiro livro. Já a versão americana intitulada no Brasil de Millennium - Os Homens que não Amavam as Mulheres, estréia nos cinemas aqui dia 27 de Janeiro.
Bom, é isso, espero que gostem da trilogia...
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